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Identificando possíveis dificuldades na Percepção Visual em Crianças de 2 a 5 anos.

  • Cristiane Dluhosch
  • 10 de abr.
  • 10 min de leitura

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A infância é um período importante para o desenvolvimento cognitivo, emocional e físico da criança. É um período em que o cérebro se desenvolve rapidamente, e é muito sensível a estímulos ambientais. É sem dúvida um período de descobertas e aprendizados, onde cada nova experiência molda o desenvolvimento da criança. Mas durante esse momento de exploração, algumas crianças podem encontrar dificuldades para superar as novas descobertas, o que pode dificultar sua capacidade de perceber o mundo ao seu redor, e isso pode influenciar no seu desenvolvimento cognitivo.


Entender e reconhecer essas dificuldades desde cedo é essencial para garantir que as crianças recebam o apoio necessário para superar esses obstáculos e alcançar seu pleno potencial. Neste texto, exploraremos as principais dificuldades na percepção visual enfrentadas por crianças em idade pré-escolar, e discutiremos a importância de intervenções precoces para promover um desenvolvimento saudável e equilibrado.

 

Identificar esses desafios nas fases do desenvolvimento infantil é fundamental para garantir que as crianças tenham oportunidades para prosperar no seu desenvolvimento cognitivo. Tão importante quanto identificarmos as dificuldades que a criança está apresentando, é saber como ajudá-la a superar esses desafios com a estratégia mais adequada para aquela dificuldade, e assim auxiliá-la a avançar no seu desenvolvimento cognitivo. 


 Abaixo eu descrevo a fase de pré-escolar, que corresponde à faixa etária de 2 a 5 anos do desenvolvimento infantil com as principais habilidades da percepção visual, como podemos identificar as dificuldades que podem surgir e qual estratégia aplicar em cada situação.



Idade Pré-Escolar (2 a 5 anos)

Durante essa fase, as crianças estão em pleno desenvolvimento visual.

Nessa fase as habilidades essenciais da percepção visual que estão acontecendo são:


1. reconhecimento de formas e tamanhos

2. coordenação olho- mão

3. percepção de padrões e sequências

4. memória visual

5. orientação espacial

6. percepção de cores

7. discriminação visual

8. sequenciamento visual.


1. Reconhecimento de formas e tamanhos: 

As crianças começam a identificar formas básicas como círculos, quadrados e triângulos. Elas aprendem a diferenciar objetos maiores e menores e a compreender relações espaciais, como qual objeto está mais perto ou mais longe. Esse reconhecimento é parte de sua percepção visual e ajuda a estabelecer conexões cognitivas importantes para aprender a desenhar, escrever e compreender a organização espacial.


Como identificar os desafios:

  • A criança confunde formas ou não consegue nomeá-las corretamente.

  • Mostra dificuldade em diferenciar formas básicas (círculo, quadrado, triângulo).

  • Não consegue agrupar objetos semelhantes por cor e ou forma (juntar blocos da mesma cor ou forma).

  • Demonstra frustração ou evita atividades que envolvam cores e formas, como quebra-cabeças e blocos de montar.

  • A criança apresenta respostas inconsistentes; em algumas situações, a criança reconhece formas e cores, mas em outras, apresenta confusão ou erros repetidos.


Sugestão de Intervenção:

  1. Estímulos visuais claros e interativos: Apresente objetos ou imagens com cores vibrantes e formas destacadas para facilitar a distinção entre eles. Utilize brinquedos educativos que envolvam encaixes, agrupamentos ou correspondência de cor e forma. Ofereça blocos ou objetos de diferentes formas e cores para que a criança os organize. Use cartões ilustrados e peça para a criança identificar ou apontar cores e formas.

  2. Atividades de classificação: Incentive brincadeiras em que a criança precise organizar objetos por cor ou forma (separar blocos vermelhos e circulares)

  3. Exploração Sensorial: Dê acesso a materiais táteis, como massinhas ou blocos tridimensionais, para que a criança explore formas enquanto interage com texturas.

  4. Caça às formas no ambiente real: Transforme um passeio ao ar livre em uma aventura para identificar formas em objetos do cotidiano. Peça à criança que encontre círculos nas rodas dos carros, triângulos em placas de trânsito. Essa abordagem torna o aprendizado envolvente e interativo.  

  5. Desenhos com luz e sombra: Utilize uma lanterna ou projetores para criar formas na parede usando objetos do ambiente. Peça à criança para adivinhar que forma está projetada e desenhá-la em papel. Isso introduz um elemento mágico e criativo.     


2. Coordenação olho-mão

Essa habilidade permite que a criança conecte o que os olhos veem com os movimentos das mãos, o que possibilita desenvolver atividades como escrever, desenhar, pintar, cortar, pegar objetos com precisão, encaixar peças, montar quebra-cabeças.


Como identificar os desafios:

  • Dificuldade em atividades que exigem precisão, como encaixar peças, desenhar ou pegar objetos pequenos.

  • Movimentos pouco coordenados ao tentar conectar as ações motoras.

  • Evita ou demonstra frustação em atividades que exigem esforço visual e motor, como cortar papel e montar blocos.

  • Não consegue acompanhar visualmente o movimento de objetos enquanto tenta agarrá-los e movê-los.

  • Derrama líquidos ao tentar se servir, tem dificuldades ao manusear utensílios como colher ou escova, se confunde ao tentar se vestir sozinho, em atividades tais como fechar botões nas roupas.

Sugestão de intervenção:

  1. Jogos de encaixe: Atividades que envolvam posicionar peças em moldes específicos fortalecem essa habilidade.

  2. Brincadeiras com bolas: jogar e pegar bola desenvolve a sincronização dos olhos com os movimentos das mãos.

  3. Atividades de desenho e pintura: ofereça materiais diversos, como lápis, giz de cera, tintas para que a criança desenhe livremente, com limites demarcados.

  4. Proponha desenhar linhas ou caminhos em um papel, como um labirinto, ou trace pontos para serem conectados.

  5. Incentive tarefas como cortar com tesoura infantil, várias superfícies, papel, folhas, tecidos, amassar massinha, usar uma pinça para pegar objetos pequenos.

  6. Estímulo com jogos visuais, como atividades que envolvam seguir objetos com os olhos e realizar ações específicas, como acertar um alvo com dardos de brinquedo.


3. Percepção de padrões e sequências: 

Identificar padrões visuais é uma base para desenvolver habilidades matemáticas e de resolução de problemas.


Como identificar os desafios:

  • A criança tem dificuldades para seguir uma sequência simples de objetos ou figuras.

  • A criança não percebe padrões básicos, como uma sequência de cores ou formas repetidas (por exemplo: vermelho-azul-vermelho-azul)

  • Mostra problemas para identificar padrões visuais, como repetições de formas ou cores

  • Não consegue antecipar o próximo ítem em um padrão repetitivo, como identificar que após “círculo-quadrado-círculo” virá “quadrado”.

Sugestão de intervenção:

  1. Atividades com repetição e organização: use jogos de sequência simples, use brinquedos ou jogos que exijam repetição e organização, como ordenar peças ou encaixar blocos por cor ou forma.

  2. Crie brincadeiras de completar padrões, crie sequências, exemplo vermelho-azul-vermelho, e peça para a criança completar.

  3. Utilize jogos interativos e educativos, jogos da memória, jogos de cartas que apresentem uma sequência a ser cumprida.

  4. Atividades sensoriais: sequências táteis, proponha criar padrões com texturas diferentes, como áspero-liso-áspero, utilizando materiais diversos.


4. Memória Visual: 

É a capacidade de lembrar informações visuais, como formas, objetos, padrões e imagens, por um período de tempo, e desempenha um papel essencial no desenvolvimento infantil, pois é através da memória visual que a criança processa e retém as informações.


Como identificar os dificuldades:

  • Dificuldade em lembrar figuras, formas ou objetos recentemente vistos.

  • Problemas em recordar padrões ou sequências visuais.

  • Confusão com instruções visuais, a criança não consegue seguir corretamente sequências de passos demonstrados visualmente, exemplo montagem de objetos

  • Dificuldade na associação de imagens e significados. A criança pode não conectar símbolos visuais a seus significados, por exemplo,  ver um triângulo e lembrar que é uma forma geométrica

Sugestão de intervenção:

  1. Atividades de reconhecimento e repetição: Mostre à criança uma sequência de imagens (p.ex. um círculo, uma estrela e um quadrado) por alguns segundos e, em seguida, peça para ela repeti-las ou descrevê-las.

  2. Desenho e cópias simples: Incentive a criança a observar um desenho ou figura por alguns segundos e, em seguida, tente copiá-lo em papel. Gradualmente, aumente a complexidade das imagens.

  3. Jogos com associação de imagens: use cartões ilustrados que liguem a palavra ou ideias, como associar um desenho de um cachorro à palavra “cachorro”.

  4. Exploração de histórias visuais: Leia livros ilustrados e peça à criança para descrever as imagens vistas ou recontar partes da história usando os elementos visuais como base.


5. Orientação espacial: 

É a habilidade de compreender a posição, o tamanho e a relação entre os objetos no espaço, sendo essencial para atividades do dia a dia, como organizar brinquedos, entender direções e realizar tarefas motoras.


Como identificar os dificuldades:

  • Dificuldade com conceitos espaciais básicos: A criança tem dificuldade em entender termos como “em cima”, “embaixo”, “dentro”, “fora”,’ ao lado”.

  • Problemas para organizar objetos: Não consegue agrupar ou alinhar objetos corretamente, como ao montar blocos ou organizar brinquedos.

  • Enganos em tarefas que envolvem distâncias e localização.

  • Confusão com orientação corporal: Mostra dificuldades ao imitar movimentos que exigem compreensão espacial, como “levante o braço direito”.

  • Desatenção ao posicionamento: ao desenhar ou escrever, a criança pode não alinhar corretamente os traços no papel, como letras desalinhadas ou formas incompletas.

Sugestão de intervenção:

  1. Atividades de orientação corporal: Incentive jogos que envolvam movimento e direção, como “siga o mestre” ou “Simão diz...”; use comandos simples como “coloque sua mão no lado esquerdo” ou “pule para frente”

  2. Brincadeiras com objetos: Organização de blocos, peça para a criança construir torres, alinhar objetos ou montar estruturas.

  3. Exploração do ambiente: Use mapa simples ou diagramas visuais para incentivar a criança a interpretar relações espaciais. Atividades como explorar o parque, encontrar objetos escondidos ou seguir pistas, ajudando a compreender localização e direção.

  4. Identificação de posições: Brinque de identificar objetos no espaço usando direções como “onde está o livro? Ele está em cima da mesa ou embaixo da cadeira?”


6. Percepção das cores: 

Nessa fase as crianças começam a identificar, diferenciar e nomear cores primárias (vermelho, azul e amarelo); aos poucos começam a identificar as cores secundárias e tonalidades mais complexas. Também iniciam a nomeação das cores, associando-as a objetos familiares, por exemplo, apontar uma maçã e dizer que é vermelha. Outra habilidade desenvolvida é a capacidade de agrupar objetos pela cor.


Como identificar os dificuldades:

  • Confusão frequente entre cores: Se a criança troca constantemente uma cor por outra, como nomear azul para o amarelo.

  • Desinteresse por atividades coloridas: Caso evite jogos e brincadeiras que envolvam cores, como desenho ou blocos coloridos.

  • Enganos persistentes em nomeação de cores: Se, após a exposição contínua, a criança ainda demonstra dificuldade em nomear cores básicas, pode ser um indicador de atraso no desenvolvimento dessa habilidade.

Sugestão de intervenção:

  1. Aventuras cromáticas com lanternas coloridas: Use papéis celofane coloridos em lanternas para projetar luzes de diferentes cores nas paredes. Transforme o ambiente em um cenário mágico e peça à criança para identificar e “caçar” cores, como se fosse uma brincadeira de explorador.

  2. Jardim de cores ao ar livre: Crie uma atividade na qual a criança deve encontrar objetos naturais de determinadas cores em um parque ou jardim. “Encontre algo verde”, pode levar a uma busca de folhas, estimulando a percepção visual e sensorial.

  3. Mistura de cores em experiencias sensoriais: Utilize tintas ou líquidos coloridos para demonstrar como novas cores surgem ao misturar outras. Por exemplo, combine amarelo e azul para formar o verde. A prática física e o elemento surpresa tornam a atividade inesquecível.

  4. Caixa surpresa de cores: Monte uma caixa com objetos de várias cores e diferentes formatos. Importante que esses objetos sejam conhecidos pelas crianças. Enquanto coloca o objeto na caixa, mostre à criança, e ela terá que pegar o objeto na caixa sem enxergá-lo, e adivinhar a cor pelo formato que tateou. Isso combina estimulação tátil e visual.


7. Discriminação Visual: 

Essa habilidade desempenha um papel central no desenvolvimento das crianças de 2 a 5 anos. Essa competência permite que as crianças diferenciem objetos, formas, letras, cores, padrões e outros elementos visuais, sendo essencial para o aprendizado, principalmente no reconhecimento de letras e números e na organização de informações visuais.


Como identificar os dificuldades:

  • Dificuldade em completar quebra-cabeças simples: A criança pode ter problemas para encaixar peças corretamente por não notar as diferenças de formato.

  • Engano ao agrupar objetos semelhantes: Por exemplo, ao tentar separar objetos de uma mesma cor ou formato, ela pode misturar ítens.

  • Confusão entre letras ou números semelhantes: Um indicativo comum em dificuldades na discriminação visual é trocar letras como ‘’p’’ e ‘’q’’ ou os números ‘’3’’ e ‘’8’’.

  • Frustração em atividades visuais; a criança pode evitar ou demonstrar impaciência ao realizar tarefas que envolvam discriminação visual.

  • Problemas em encontrar detalhes específicos em imagens:  dificuldade de localizar um objeto “escondido” em figuras ou identificar diferenças entre duas imagens quase iguais.

  • Dificuldade com tarefas que envolvem coordenação visual e manual: como alinhavar, desenhar seguindo modelos ou até mesmo copiar formas simples.

Sugestão de intervenção:

  1. Jogo de sombras e reflexos; use uma lanterna para projetar sombras de objetos em uma parede. Peça à criança para adivinhar qual objeto real corresponde à sombra.

  2. Desafios de espelhamento: use figuras divididas ao meio e peça à criança para completar a imagem desenhando a outra metade. Isso fortalece o reconhecimento de simetria e detalhes.

  3. Classificação com texturas e formas incomuns: Mostre às crianças objetos de formas e texturas únicas e peça a elas para agrupá-los com base em uma característica comum. Por exemplo, agrupar itens com bordas arredondadas ou superfícies ásperas.

  4. Exploração com lupas e binóculos: Dê uma lupa ou binóculos para que a criança explore pequenos detalhes em brinquedos, livros ou até mesmo na natureza. Transforme isso em uma “missão de detetive” com tarefas específicas.


8. Sequenciamento Visual: 

Essa habilidade está diretamente relacionada à capacidade de organizar e interpretar a ordem de objetos, imagens ou eventos com base em sua disposição visual. O sequenciamento visual é crucial para o aprendizado de conceitos como leitura (sequência de letras), matemática (ordem numérica) e a compreensão de rotinas e narrativas.


Como identificar desafios no sequenciamento visual

  • Enganos ao ordenar imagens ou objetos: A criança pode ter dificuldades em colocar eventos ou elementos na ordem correta, como montar uma sequência de figuras que ilustram uma história.

  • Problemas ao seguir instruções visuais: Podem mostrar dificuldades em realizar atividades que envolvem etapas especificas descritas visualmente, como seguir os passos para desenhar algo.

  • Confusão ao reconhecer padrões repetitivos: A criança pode ter dificuldade em prever o próximo item em padrões simples.

  • Frustração em atividades sequenciais: Evitar ou demonstrar resistência em brincadeiras ou tarefas que dependem do sequenciamento visual.


Sugestões de intervenções:

  1. Jogos de sequência com objetos do cotidiano: Proponha uma brincadeira usando itens de casa, como talheres; organize-os em uma ordem visual. Depois, misture-os e peça à criança para reorganizá-los corretamente.

  2. Sequência do explorador: Crie uma trilha no chão com objetos e cores diferentes em sequência. Desafie a criança a seguir os passos na ordem visual correta. Por exemplo, ‘’pule primeiro no vermelho, depois no azul, e finalize no verde”.

  3. Sequência musical visual: Combine a música com estímulo visual, mostrando imagens em ordem, enquanto a criança executa ações correspondentes, exemplo, bater palma ao ver a figura de uma mão).

  4. Diário visual de rotina: crie um ‘’diário de rotinas’’ com desenhos ou fotos simples que representem as atividades do dia (como acordar, tomar café...) deixe a criança organizar as imagens na ordem em que acontecem.




A percepção visual desempenha um papel importante no desenvolvimento infantil, especialmente na fase de 2 a 5 anos, quando as crianças estão construindo o aprendizado para interagirem com o mundo. Dificuldades nessa habilidade podem impactar negativamente o progresso do processo de aprendizagem, exigindo assim intervenções adequadas para auxiliar o aprendizado dessa criança. Ao reconhecer os desafios que as crianças podem enfrentar, seja na discriminação visual, sequenciamento ou reconhecimento de formas e cores, é possível implementar estratégias lúdicas e criativas para ajudá-las a superar barreiras e explorar todo o seu potencial. 


Assegurar o desenvolvimento adequado da percepção visual durante esta fase do desenvolvimento infantil não apenas possibilita uma trajetória de aprendizagem saudável, mas também fortalece significativamente o processo educativo. Dessa forma, estabelece-se uma base sólida para todas as aprendizagens subsequentes necessárias para os progressos nas fases posteriores do desenvolvimento da criança.A identificação precoce desses problemas se torna fundamental para evitar dificuldades mais graves no processo de aprendizagem da criança. E então como os pais e educadores podem perceber quando a criança está apresentando dificuldades significativas na percepção visual?



Cristiane Dluhosch
Pedagoga - Psicopedagoga

Especialista em Intervenção

Estimulação e Reabilitação Cognitiva


  1. FROSTIG, Marianne; Desarrollo de la Percepcion Visual – Editora Tea, 1992

  2. FROSTIG, Marianne ; MASLOW, Phyllis , Problemas de Aprendizaje Em  El Aula – Editora Panamericana , 1984

  3. MATEUS, Cátia; Programa de estimulação em Neuroeducação nível I e II – Editora Psicosoma , 2006

  4. ROCCA, Cristina Castanho de Almeida; SERAFIM, Antonio de Pádua ; SERTORI, Priscila Lima Cerqueira Ferreira - Estimulação da atenção de crianças e adolescentes – Editora Manole, 2020


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