O Desenvolvimento Cognitivo na Síndrome de Down
- Cristiane Dluhosch
- 16 de ago.
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O desenvolvimento cognitivo na Síndrome de Down
O desenvolvimento cognitivo é um dos pilares fundamentais da neuroaprendizagem e da educação inclusiva. Em um cenário onde a ciência do cérebro se entrelaça com práticas pedagógicas e terapêuticas, compreender como crianças com Síndrome de Down (SD) constroem suas trajetórias cognitivas torna-se não apenas relevante, mas urgente. A singularidade desse desenvolvimento desafia modelos tradicionais, e convida educadores, profissionais da saúde e familiares a adotarem uma perspectiva mais ampla, empática e baseada em evidências.
A Síndrome de Down é uma condição genética causada pela trissomia do par 21 de cromossomos, que resulta em alterações neurobiológicas com impacto direto no desenvolvimento global. Essas alterações afetam estruturas cerebrais como o hipocampo, o córtex pré-frontal e o cerebelo (Pennington et al., 2003), áreas intimamente ligadas à memória, atenção, linguagem e funções executivas. Embora existam características comuns entre indivíduos com SD, como hipotonia, atraso motor e dificuldades na linguagem expressiva, a variabilidade interindividual é significativa, exigindo abordagens personalizadas e sensíveis às necessidades de cada criança.
Focar no desenvolvimento cognitivo das crianças com SD é uma escolha estratégica e ética. A cognição é a base da aprendizagem, da autonomia e da inclusão social. Intervenções precoces e bem direcionadas podem modificar trajetórias de desenvolvimento, ampliando oportunidades e promovendo qualidade de vida.
Como propôs Zigler (1967), o desenvolvimento na SD deve ser compreendido como diferente, não deficitário , em uma visão que rompe com paradigmas reducionistas e abre espaço para o reconhecimento do potencial.
Nesse contexto, o paradigma da neurodiversidade emerge como uma lente contemporânea e transformadora. Cunhado por Judy Singer (1999), o conceito propõe que as diferenças neurológicas são variações naturais da espécie humana, e não patologias a serem corrigidas. A SD, portanto, é uma expressão legítima da diversidade cognitiva. Thomas Armstrong (2010) complementa essa visão ao afirmar que cada cérebro aprende de forma única, e que a educação deve ser moldada para respeitar essas diferenças, e não para padronizá-las.
É nesse cenário que a contribuição de Reuven Feuerstein se torna especialmente relevante. O psicólogo israelense revolucionou a compreensão sobre inteligência ao afirmar que ela é modificável, e não estática, inclusive em pessoas com Síndrome de Down. Sua Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural e o conceito de Experiência da Aprendizagem Mediada (EAM), propõem que o desenvolvimento cognitivo depende da qualidade das interações mediadas, e não apenas das condições biológicas.
Este artigo propõe uma análise profunda e fundamentada sobre o desenvolvimento cognitivo na Síndrome de Down, explorando seus processos, as potencialidades cognitivas e estratégias eficazes para estimular o aprendizado. Mais do que compreender limitações, o objetivo é revelar, construir e ampliar conhecimentos para que cada criança com Síndrome de Down possa beneficiar-se para intensificar seu potencial cognitivo.
O desenvolvimento cognitivo sustenta a construção do pensamento, da linguagem, da memória, da atenção e das funções executivas. No caso da Síndrome de Down (SD), esse processo ocorre de forma singular, exigindo uma compreensão profunda das bases neurobiológicas e das práticas pedagógicas que favorecem a aprendizagem e a inclusão.
Processos Cognitivos na Síndrome de Down: Potencialidades e Desafios
O desenvolvimento cognitivo sustenta a construção do pensamento, da linguagem, da memória, da atenção e das funções executivas. No caso da Síndrome de Down (SD), esse processo ocorre de forma singular, exigindo uma compreensão profunda das bases neurobiológicas e das práticas pedagógicas que favorecem a aprendizagem e a inclusão.
O perfil cognitivo das crianças com Síndrome de Down é caracterizado por uma combinação de desafios e potencialidades, as habilidades cognitivas que são desafiadoras para as crianças com trissomia 21 são: Memória de trabalho Processos atencionais, Funções Executivas, linguagem expressiva e combinação sintática, abstração e generalização e velocidade de processamento. Que apesar de serem pontos de dificuldades nesse desenvolvimento cognitivo, não são determinantes, pois as crianças com síndrome de Down se beneficiam muito da plasticidade cerebral para obter avanços significativos no seu desenvolvimento.
Embora a síndrome de Down esteja associada a desafios no desenvolvimento cognitivo, há diversas áreas de potencialidades que podem ser estimuladas com abordagens adequadas. Os processos cognitivos com potencialidades na Síndrome de Down sāo: Memória Visual, Imitação e Aprendizado Observacional , Afetividade e Motivação Social, Aprendizado por Rotina e Repetição, Processamento Global, Sensibilidade Musical e Rítmica
Potencialidades Cognitivas na Síndrome de Down
Embora a síndrome de Down esteja associada a alterações no desenvolvimento neurológico, há diversas áreas cognitivas que se destacam como potencialidades. Reconhecer e estimular essas áreas é essencial para promover o aprendizado, a autonomia e a inclusão.
Conhecer as potencialidades cognitivas das crianças com Síndrome de Down é essencial, porque promove uma inclusāo real, pois conseguimos adaptar estratégias com mais eficiência ao perfil cognitivo, garantindo assim que a criança participe ativamente do processo de aprendizagem, o que torna a aprendizagem mais significativa. Nos ajuda a evitar a focar somente nas limitações, e assim conseguimos fortalecer a autoestima da criança, o que é um ponto muito importante nesse processo de aprendizagem, pois, com isso, a criança se sente valorizada nas suas capacidades reais, e se sente segura para novos desafios. E nos auxilia para uma eficácia pedagógica e terapêutica, pois intervençōes baseadas em evidências e potencialidades tendem a gerar melhores resultados.
E quando conseguimos reconhecer talentos e capacidades, conseguimos respeitar a singularidade de cada criança, e compreendendo que cada uma, mesmo estando dentro da Síndrome tem seu ritmo, estilos e preferências em relaçāo ao processo de aprendizagem. Abaixo descrevo cada uma dessas potencialidades:
1. Memória Visual
• Crianças com síndrome de Down geralmente têm melhor desempenho em tarefas de memória visual do que de memória auditiva.
• Isso significa que aprender por meio de imagens, gestos, cores e símbolos pode ser mais eficaz do que com instruções verbais complexas.
Conhecer essa potencialidade permite adaptar materiais didáticos para favorecer o aprendizado, como o uso de pictogramas, vídeos e mapas visuais.
2. Imitação e Aprendizado Observacional
• Elas demonstram grande capacidade de aprender por observação e imitação, especialmente em contextos sociais.
• Isso inclui habilidades motoras, comportamentos sociais e rotinas diárias.
Estratégias pedagógicas que envolvem modelagem e demonstração são altamente eficazes. O uso de pares tutores ou atividades em grupo pode acelerar o aprendizado.
3. Afetividade e Motivação Social
• Crianças com síndrome de Down tendem a ser altamente sociáveis, empáticas e motivadas por interações humanas.
• Essa motivação pode ser usada para engajar em atividades educativas e terapêuticas.
A afetividade é uma ponte poderosa para o desenvolvimento cognitivo. Ambientes acolhedores e relações positivas favorecem a atenção, a memória e a linguagem.
4. Aprendizado por Rotina e Repetição
• Elas se beneficiam muito de estruturas previsíveis e de repetição sistemática.
• Isso fortalece a memória de longo prazo e a consolidação de habilidades.
Conhecer essa característica permite criar ambientes estruturados e consistentes, fundamentais para o progresso cognitivo.
5. Processamento Global
• Tendem a ter uma abordagem mais global do que analítica, ou seja, compreendem melhor o todo do que os detalhes isolados.
• Isso pode ser vantajoso em tarefas que envolvem contexto, narrativa ou compreensão geral.
Ao apresentar conteúdos, é mais eficaz começar com o panorama geral antes de detalhar partes específicas.
6. Sensibilidade Musical e Rítmica
• Muitos demonstram forte conexão com música, ritmo e melodia, o que pode ser explorado para desenvolver linguagem, coordenação e atenção.
A musicoterapia e o uso de canções educativas são ferramentas valiosas para estimular múltiplos domínios cognitivos.
Processos desafiadores na Síndrome de Down
Compreender os desafios cognitivos na síndrome de Down é fundamental para promover um desenvolvimento eficaz, respeitoso e funcional. A compreensāo desses processos desafiadores nos permite adaptar estratégias pedagógicas e terapêuticas personalizadas com mais eficiência ao perfil cognitivo da criança, reduzindo consideravelmente as frustraçōes, e consequentemente, a criança aprende com mais prazer, segurança e autonomia. Evitamos práticas inadequadas ou excludentes, que geram desmotivaçāo e baixa autoestima; pelo contrário, com esse conhecimento conseguimos promover um ambiente mais acolhedor e inclusivo, a relaçāo entre profissionais e famílias terá um canal mais fluido, permitindo que familiares e terapeutas alinhem expectativas e estratégias, e criem assim uma rede apoio mais eficaz para a criança, melhorando os resultados em relaçāo ao seu desempenho educacional.
1. Memória de Trabalho
A memória de trabalho é uma função cognitiva essencial para o aprendizado e o comportamento adaptativo. Em crianças com Síndrome de Down, essa memória pode apresentar limitações, o que impacta diretamente a capacidade de seguir instruções, resolver problemas, manter a atenção e realizar tarefas sequenciais. Isso causa alterações no funcionamento do córtex pré-frontal e no hipocampo, áreas fundamentais para esse tipo de memória.
• Déficit verbal: Dificuldade em reter sequências de palavras, instruções orais e informações auditivas complexas (Jarrold & Baddeley, 1997).
• Impacto na aprendizagem: Afeta a compreensão de textos, resolução de problemas matemáticos e execução de tarefas com múltiplos passos.
• Preservação relativa da memória visual: Estratégias visuais tendem a ser mais eficazes, como uso de imagens, pictogramas e esquemas.
Estratégias para apoiar a memória de trabalho:
1. Dividir tarefas em etapas curtas
Evite sobrecarregar com instruções longas, forneça uma instrução por vez e espere que a criança conclua antes de seguir para a próxima, e utilize frases simples e diretas. Exemplo, em vez de dizer “Guarde os brinquedos, lave as mãos e venha para a mesa “, diga : “ Vamos guardar os brinquedos primeiro”.
2. Usar apoio visual e tátil
Imagens, pictogramas, objetos reais e gestos ajudam a reforçar o que foi dito verbalmente. Recursos visuais funcionam como “âncoras” para a memória.
Exemplo: Um quadro com fotos de etapas da rotina (escovar os dentes, vestir roupa, etc)
3. Repetição com variação
Repetir atividades em diferentes contextos fortalece as conexões neurais.
Alternar pequenos elementos (local, materiais, pessoas) ajuda na generalização e consolidação. Exemplo , jogar o mesmo jogo de memória com cartas diferentes ou em ambientes distintos.
5. Utilizar músicas e ritmos
A música ativa muitas áreas cerebrais e facilita a retenção de informações. Rimas, cantigas e sequências rítmicas ajudam a memorizar instruções e conceitos. Exemplo, criar uma música para lembrar os passos de higiene ou da rotina escolar.
6. Dar tempo extra para resposta
Crianças com dificuldades de memória de trabalho precisam de mais tempo para processar e responder. Evite interromper ou apressar, isso pode gerar ansiedade e bloquear o acesso à informação.
7. Reforço positivo e feedback imediato
Elogiar o esforço e a tentativa, mesmo que a resposta não seja totalmente correta de acordo com o senso comum. Mediar a resposta com mais exemplos, com linguagem direta e vocabulário correto.
2. Atenção
Os processos atencionais são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e aprendizagem significativa. Em crianças com Síndrome de Down, é comum observar dificuldades em manter a atenção, alternar o foco entre tarefas e filtrar estímulos irrelevantes. Entenda os processos atencionais na Síndrome de Down:
• Atenção sustentada: Crianças com SD apresentam dificuldade em manter o foco por períodos prolongados, especialmente em atividades monótonas ou abstratas.
• Atenção seletiva: Tendem a se distrair facilmente com estímulos irrelevantes, o que compromete o desempenho em ambientes com excesso de informações.
• Atenção dividida: A capacidade de realizar múltiplas tarefas simultaneamente é limitada, exigindo simplificação e segmentação das atividades.
Estratégias para apoiar os processos atencionais:
1._Ambiente controlado e previsível
Reduza estímulos visuais e sonoros excessivos. Crie um espaço de aprendizagem com poucos elementos distratores. Mantenha rotinas consistentes para reduzir a carga cognitiva.
2. Estímulos visuais organizados
Os estímulos visuais devem ser atraentes, variados e adaptados para as necessidades individuais da criança. O uso de cores vibrantes, formas geométricas simples, objetos com texturas diferentes e com figuras e fotos podem ser eficazes. Organize os materiais de forma clara e acessível.
3. Atividades de curta duração e alta relevância
3. Funções Executivas
As funções executivas são um conjunto de habilidades cognitivas que regulam o comportamento, o pensamento e a tomada de decisões. Elas incluem planejamento, flexibilidade cognitiva, inibição e monitoramento. Acontece por causa de um desenvolvimento atípico do córtex pré-frontal.
• Planejamento e organização: Dificuldade em antecipar etapas, organizar ações e prever consequências.
• Flexibilidade cognitiva: Resistência à mudança de estratégias ou rotinas; tendência à rigidez mental.
• Controle inibitório: Impulsividade e dificuldade em controlar respostas automáticas.
• Monitoramento: Baixa capacidade de autoavaliação e correção de erros durante tarefas.
Essas dificuldades impactam diretamente a autonomia, a resolução de problemas e a adaptação a contextos novos ou complexos.
4. Linguagem Expressiva e Compreensão Sintática
A linguagem é uma das áreas mais afetadas na SD, especialmente no aspecto expressivo.
• Expressão verbal: Vocabulário limitado, dificuldades articulatórias e construção gramatical simplificada (Chapman & Hesketh, 2000).
• Compreensão sintática: Dificuldade em entender frases complexas, metáforas e instruções com múltiplas etapas.
• Impacto na cognição simbólica: A limitação na linguagem afeta o pensamento abstrato, a resolução de problemas e a comunicação de ideias.
5. Abstração e Generalização
Abstração é a capacidade de compreender conceitos que não estão diretamente ligados a objetos concretos. Um exemplo prático, a criança aprende o conceito de ”esperar a vez” durante um jogo. Mas ela pode não entender que esse mesmo conceito se aplica na fila da escola , ou ao conversar com outras pessoas.
Generalização é a habilidade de aplicar um aprendizado em diferentes contextos. Um exemplo prático, ela aprende a identificar a cor “vermelho” com um brinquedo específico, mas pode não reconhecer que uma maçã ou uma camiseta também são vermelhas, porque o aprendizado ficou preso ao contexto original.
Essas habilidades são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, socal e acadêmico, e representam desafios específicos para crianças com Síndrome de down. As crianças com Trissomia 21 tendem a aprender de forma muito específica, com dificuldade de transferir o conhecimento,e isso acontece porque elas apresentam uma rigidez cognitiva e menor flexibilidade neural, o que acaba impactando no seu entendimento, pois pensam que o que é aprendido na escola nāo pode ser aplicado em casa ou em outras situaçōes sociais.
Porque esses processos cognitivos sāo tāo complexos para as crianças com Síndrome de Down?
1._Processamento da informaçāo
Crianças com Síndrome de Down tende a ter um ritmo de processamento da informaçāo mais lento, e pode afetar a capacidade de formar conexões entre ideias abstratas ou transferir aprendizados para novos contextos. Na Trissomia 21 a conectividade neural é reduzida e ocorre menor densidade sináptica em áreas corticais, dificultando em acompanhar o ritmo de atividades escolares , compreender linguagem rápida ou lidar com múltiplas fontes de informações.
2. Memória de trabalho limitada
A memória de trabalho é essencial para manter e manipular informações temporariamente. Quando essa memória é comprometida, fica mais difícil abstrair conceitos ou lembrar de aplicar um comportamento aprendido em outra situação. Alterações no funcionamento do córtex pré-frontal e no hipocampo, áreas fundamentais para esse tipo de memória e acaba como consequência a dificuldade de seguir instruções complexas, resolver problemas e aprender por meio de múltiplos passos.
3 . Dificuldades na linguagem
A linguagem é a ponte para a abstração. Se a criança tem vocabulário limitado ou dificuldade de expressão, ela pode não compreender conceitos simbólicos ou generalizar instruções verbais.
4. Rigidez cognitiva
Muitas crianças com Síndrome de Down apresentam preferência por rotinas e ambientes previsíveis. Isso pode dificultar a flexibilidadde necessária para aplicar um mesmo conceito em diferentes situações.
• Pensamento concreto: Crianças com SD tendem a depender de experiências diretas e materiais concretos para aprender.
• Dificuldade em transferir aprendizados: O que é aprendido em um ambiente pode não ser facilmente aplicado em outro, exigindo reforço e repetição.
• Necessidade de contextualização: Aprendizagem significativa ocorre quando os conteúdos estão ligados à rotina, aos interesses e às experiências da criança.
Embora esses processos representem desafios, é fundamental lembrar que eles não definem o potencial da criança com Síndrome de Down. A neurociência nos mostra que, com mediação eficaz, ambientes estimulantes e intervenções personalizadas, é possível promover avanços significativos em todas essas áreas.
Autores como Jesus Flores (2022) reforçam que o desenvolvimento cognitivo na SD deve ser compreendido como um processo dinâmico, que exige tempo, paciência e estratégias adaptadas. A chave está em reconhecer os limites sem ignorar as possibilidades e construir pontes entre o que a criança é hoje e o que ela pode se tornar.
Potencializar o desenvolvimento cognitivo de crianças com Síndrome de Down exige mais do que técnicas — exige olhar, escuta e presença. A neurociência nos mostra que o cérebro aprende melhor quando está emocionalmente seguro, cognitivamente desafiado e afetivamente conectado. Cada estratégia aqui apresentada é uma ponte entre o que a criança já é e o que ela pode se tornar.
O desenvolvimento cognitivo na Síndrome de Down é um processo dinâmico, influenciado por fatores genéticos, ambientais e relacionais. A neurociência nos mostra que, mesmo diante de desafios estruturais, há espaço para crescimento, aprendizagem e transformação. A educação inclusiva, quando aliada ao conhecimento científico e à sensibilidade humana, torna-se uma ferramenta poderosa para revelar o potencial de cada criança.
Mais do que ensinar é preciso mediar, mais do que adaptar conteúdos, é preciso adaptar olhares , enxergar a criança com SD como um sujeito de direitos, capaz de aprender, criar e contribuir. E isso começa com a escuta, o afeto e a crença no poder da mediação. E mais do que acreditar no diagnóstico, é preciso acreditar no potencial.
Cristiane Dluhosch
Pedagoga – Psicopedagoga
Especialista em Intervenção, Estimulação e Reabilitação Cognitiva
1.FLÓREZ ,Jesus.; TRONCOSO Maria Victória -Sindrome de Down y Educación . Salvatore Editores S.A , Barcelona, 1991
2. FLÓREZ, Jésus. La vida adulta en el síndrome de down.Editora Fundación Iberoamericana Down21 A B.
3. DOIDGE, Normam.; O Cérebro que se transforma. Editora Record, 2007.
4. FIDLER te al ; The Contingency Model: A Theory of Leadership Effectiveness. Editora: Psychology Press, 2006.
5. Lanfranchi, et al; Executive Function in Adolescents with Down Syndrome - Publicado em: Journal of Intellectual Disability Research, Volume 54, páginas 308–319, 2010.
6. FEUERSTEIN , Reuven .; The Dynamic Assessment of Retarded Performers ,1979 – University Park Press.


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